quinta-feira, 27 de março de 2014

Há mais de 30 anos no corredor da morte, japonês será solto

Guinness listava Iwao Hakamada como o prisioneiro há mais tempo no corredor da morte

Hideko Hakamada, irmã do prisioneiro, sorri durante entrevista ao lado do advogado Katsuhiko Nishijima Foto: AP
Hideko Hakamada, irmã do prisioneiro, sorri durante entrevista ao lado do advogado Katsuhiko Nishijima.
Preso há 48 anos e há mais de 30 anos no corredor da morte, um prisioneiro japonês viu sua pena capital ser suspensa e sua libertação pedida por um tribunal nesta quinta-feira, de acordo com informações da agência AP.
A corte distrital de Shizuoka, na região central do Japão, suspendeu a pena de morte de Iwao Hakamada, 78 anos, e ordenou sua libertação. O Guinness listava o japonês como o prisioneiro há mais tempo no “corredor da morte”.
Segundo o tribunal, uma análise de DNA obtidas por seus advogados sugere que os investigadores fabricaram a evidência usada para condená-lo. Um novo julgamento foi ordenado. A decisão da corte destaca os interrogatórios japoneses, altamente criticados, que se apoiam fortemente em confissões.
Depois de admitir o crime, Hakamada recuou e alegou inocência durante o julgamento, mas foi condenado à morte em 1968. A sentença foi confirmada pela Suprema Corte do Japão em 1980, quando então passou para o “corredor da morte”.
Iwao Hakamada, um boxeador profissional, foi condenado pelo assassinato de um gerente de uma empresa e sua família e por incendiar a residência onde moravam, em 1966 - Hakamada trabalhava e morava no local.
No Japão, as execuções ocorrem por enforcamento, e os prisioneiros são informados apenas horas antes que a pena capital será aplicada. Por décadas, o país nem mesmo anunciava oficialmente que as execuções já haviam sido realizadas.
De acordo com a agência Reuters, oito prisioneiros foram executados no país em 2013, e acredita-se que há aproximadamente 130 esperando pela aplicação da pena capital.

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